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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Olimpíada de Filosofia - Texto Professor José Vandei

III OLIMPÍADA DE FILOSOFIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.


No dia 21/09/2013 os alunos da E.E. Batista Renzi (Suzano), coordenados pelo professor de filosofia José Vandei, participaram a III Olimpíada de Filosofia do Estado de São Paulo, que ocorreram na UFABC – Campus São Bernardo dos Campos.
As Olimpíadas de Filosofia consistem na realização de atividades didáticas de cunho filosófico a partir de um tema geral. Estas atividades têm início nas escolas e culminam em uma apresentação em evento estadual, propiciando um clima que pretende ser não de competição, mas de colaboração e de estímulo para o pensamento.
O tema desse ano foi “Que conhecimento é possível na era das incertezas”.
26 alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Mádio, estiveram presentes na olimpíada, participando das atividades artísticas e debates nas comunidades de investigação. Para o evento os alunos produziram:
1 - Teatro-Audiovisual: Questionamento sobre a relação da grande quantidade de informação que o homem tem hoje e suas crenças, um contraponto entre o conhecimento e a fé;
2- Música: Uma música (letra e melodia) composta pelos alunos, falava sobre os questionamentos da nossa própria existência em uma era de incertezas;
3 - Instalação Fotográfica: A ideia foi colocar os questionamentos em harmonia plástica e provocar o público a refletir sobre o tema central da olimpíada. As fotos foram organizadas em um grande ponto de interrogação.
4 - Texto argumentativo: Para refletir sobre o tema “QUE CONHECIMENTO É POSSÍVEL NA ERA DAS INCERTEZAS?” É necessário que se faça outro questionamento: QUAL O OBJETIVO DO CONHECIMENTO?
O texto traz reflexões sobre o que é conhecimento e qual o objetivo do conhecimento na era das incertezas.

Texto produzido pelos alunos:

Para refletir sobre o tema QUE CONHECIMENTO É POSSÍVEL NA ERA DAS INCERTEZAS? É necessário que se faça outro questionamento: QUAL O OBJETIVO DO CONHECIMENTO?
O conhecimento é formado pela junção de informações, uma forma de se construir a realidade para um determinado fim.
Segundo o filósofo inglês Francis Bacon, com um famoso aforismo, diz que, o "conhecimento é poder", dessa forma podemos inferir que, quem tem mais conhecimento tem o poder de modificar as informações e quem tem mais informações tem o poder de manipular o conhecimento, assim, como grandes ditadores, e grandes meios de comunicação.
Veja, podemos fazer uma analogia entre, a obtenção de informações com o um código binário (no caso “trinário”), onde se tem muitos números, mas só alguns são essenciais para nós, variam para cada tipo de pessoa. Imaginemos números de 1 a 3, cada número tem uma representação (1 – exatas, 2 – humanas, 3 – biológicas), cada indivíduo pega um número de acordo com a sua habilidade, assim, compartilhando as ideias, temos o conhecimento mútuo gerando mais conhecimento.
O conhecimento gera conhecimento, muitos homens buscam o conhecimento por grandeza, ganância, poder, dinheiro, ego, pois quem tem conhecimento tem a capacidade de modificar ou destorcer as informações, consequentemente tem um “poder” maior em uma sociedade.
O objetivo do conhecimento seria então, se enquadrar nesse grande sistema de manipulação e poder?
O conhecimento também pode ser concebido como produto da apreensão de várias visões e interpretações obtidas através do raciocínio humano. Essas interpretações dependem dos critérios de observação do homem, o observador, portanto o conhecimento não está necessariamente vinculado à realidade e sim a interpretação humana. De acordo com uma visão tradicional e representacionista do conhecimento, o ato de conhecer depende diretamente da relação entre o sujeito (o homem observador, nossa consciência, nossa mente) e o objeto (o observado, a realidade, o mundo).
As teorias do conhecimento desenvolvidas até agora deixaram claro que se pode alterar a realidade através do objetivo que se dá ao conhecimento, ou seja, o mundo pode ser transformado de acordo com o que o homem faz com o seu conhecimento. Na era contemporânea com o crescente fluxo de informações, novas ideologias são formadas e surgem novos paradigmas, e todas essas visões, em maior ou menor escala, também, alteram o rumo das coisas, transformam a realidade.
Para o sociólogo Edgar Morin e a sua teoria da complexidade, precisamos procurar novos modos de pensar a realidade, o autor sugere, em relação à educação, uma transdisciplinaridade, ou seja, um conhecimento comum que possa atravessar e organizar as disciplinas escolares.
Com a perspectiva do surgimento de um novo paradigma científico, onde o conhecimento está integrado, além da racionalidade, também a sensibilidade - elementos inerentes a nossa essência humana - já que os sentimentos estão entrelaçados ao nosso modo de agir ou pensar.
Dessa forma, podemos começar a descartar a competição acirrada no desenvolvimento de conhecimentos que levam a uma destruição da realidade, como a construção de tecnologias para fins bélicos, religiosos ou políticos, podendo assim, distorcer a realidade, trazendo suas formas de conhecimento para dominar pessoas e para o autobenefício.
Devem-se construir atualmente novas formas de conhecimento que tenha como objetivo o desenvolvimento como um todo da humanidade. Como propõe Edgar Morim, uma nova organização do conhecimento, considerando a complexidade do mundo atual, uma era de incertezas, para não termos uma visão fragmentada do mundo, mas uma visão holística, para a construção de um novo mundo.

Referências
DALLA ZEN, Ana Maria, Memória, Imaginário e Redes Sociais - Imaginário e ciência:
Novas perspectivas do conhecimento na contemporaneidade. Revista Em Questão - Porto Alegre - 2011.
COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia, Volume único, ensino médio – Editora Saraiva - ANO:2010, 1ª EDIÇÃO. SOBER, Elliott. O que é conhecimento - http://criticanarede.com/fil_conhecimento.html Vídeo: Complexidade e Interdisciplinaridade em Morin - http://olimpiadadefilosofiasp.wordpress.com/material-de-apoio/

Alunos participantes da OLIMPÍADA DE FILOSOFIA
Nathali Caroline - 1º A
Larissa Batalha - 1º A
Beatriz Morelli – 1º A
Milena Santana - 1º C
Karoline K. Kemmerich - 1º C
Ian Augusto - 1º C
Evellyn Braga Leal - 1º C
Polliana Vieira - 2º A
Jocielen Roberta - 2º A
Stephanie Caroline- 2º A
Monique Endrew- 2º A
Mariane Macedo - 2º A
Gabriela Santana - 2º A
Isabela Cazarini - 2º B
Fabiana Custódia - 2º B
Amanda Dias - 2º B
Andrews Oliveira - 3º A
Rafael Alvim- 3º A
Matheus Oliveira - 3º A
Natália Teixeira - 3º A
Ana Carolina Velkis - 3º A
Ricardo Yuji - 3º A
Daniely Akemi - 3º A
Pedro Henrique - 3º B
Wesley Roberto - 3º B
André Del Corsi - 3º B


José Vandei
Profº Filosofia – E.E. Batista Renzi

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